As novas divas da MPB
OLHA, ELAS TANTO FIZERAM este ano que resolvi me render, assistir aos shows e aplaudir. Vanessa da Mata e Roberta Sá deram enfim um frescor à música popular brasileira. Colocando na mesma panela MPB, samba e bossa nova, as cantoras esbanjam talento, carisma e acima de tudo: vontade de fazer realmente uma música de qualidade.
Pra quem conhece, não conhece ou já ouviu falar, vale a pena pegar seu biscoito e dar uma ‘chuchada’ na trajetória das novas divas da música nacional.
Ela tem o mesmo nome que a filha de Zezé, mas - graças ao Senhor - a semelhança pára por aí. Antes de vingar na música, a mato-grossense Vanessa da Mata, 31, já foi jogadora de basquete e modelo.
O divisor de águas em sua carreira aconteceu há 10 anos, quando conheceu Chico César e com ele compôs “A força que nunca seca”, música-título do álbum que Bethânia lançou em 99 e que concorreria ao Gremlin Latino daquele ano.
A canção abriu portas para a menina de 23 anos, que passou a fazer parcerias interessantes com a própria Bethânia, Caetano Veloso, Ana Carolina, Milton Nascimento e Baden Powell, este em seus últimos acordes pelos palcos brasileiros.
Aos 26 gravou seu 1º CD, trabalho que produziu rebentos como Não me deixe só, Nossa Canção e a belíssima Onde ir (baixe agora mesmo!). Mais madura e mais consciente de seu talento, lançou seu segundo CD em 2004, onde você encontra Ai ai ai..., seu 1º sucesso nas rádios. Daí pra frente foi lapidar a voz e os arranjos até chegar em ‘Sim’, álbum lançado este ano.
Muito bem acompanhada pelos músicos-prodígio João Donato, Fernando Catatau, Pupillo (Nação Zumbi) e o guitarra doce Davi Moraes, Vanessa fez um trabalho que a coloca definitivamente na linha de frente dos talentos da MPB. Ah! É nesse CD que você encontra o hit Boa Sorte, aquele do “faz o que quer de miiiiiiiiim....”. O clipe tá aí, oh:
Roberta Sá, como você pode ver na imagem acima, não é parente da Sandra de Sá. A potiguar de 26 anos mora no Rio de Janeiro desde os 9, onde descobriu que tinha jeito para a música. Quando completou o colegial, foi pros States ‘abrir a cabeça’ e estudar canto.
Voltou, começou o curso de jornalismo e, depois de alguns testes, participou do global FAMA, reality show musical que pretendia fazer um revival dos grandes festivais de 60 e 70, formando uma academia de artistas. Não ganhou, mas ficou conhecida o suficiente para ser convidada a gravar a música A Vizinha do lado, de Caymmi, que entrou para a trilha sonora da novela Celebridades e levou Roberta direto aos estúdios.
Sua voz suave caiu como uma luva no álbum de regravações ‘Sambas e Bossas’, que tinha, entre outros, clássicos como A flor e o espinho, Essa moça tá diferente e a musa da bossa nova, Chega de Saudade. O trabalho lhe credenciou para gravar seu 1º disco, ‘Braseiro’. Puro, leve e com uma simplicidade encantadora, funciona como trilha sonora para qualquer momento da vida. Para quem ainda não ouviu nada de Roberta, sugiro começar por Pelas Tabelas, Sambo mesmo e Ah se eu vou!, pequenos primores de interpretação.
Com o sucesso obtido em seu disco de estréia, a cantora chega a seu 2º CD, o igualmente arrebatador ‘Que belo estranho dia para se ter alegria’, onde reedita parcerias com Pedro Luís (compositor e namorado) e interpreta músicas de Dona Ivone Lara (Cansei de esperar você), Moreno Veloso (Mais alguém), do próprio Pedro Luís (Girando na renda) e sua estréia no lápis, Janeiros.
Roberta mandando Ah, se eu vou!, no Canecão (RJ):
3 comentários:
Eu adoro a Roberta Sá!!! Canto tanto em casa que deram um sumiço no CD, né maninho?!
Heeeeein?
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