Adeus, mundo cruel!
O ENCONTRO SERIA só no domingo, mas desde sábado Fausto Silva já anunciava a principal atração do seu velho e ensebado Domingão. Os gloriosos Titãs e Paralamas juntos, dividindo o mesmo palco, num pout-pourri empoeirado para fãs órfãos de um rock’n’roll que, há ao menos 10 anos, não gera sequer um ‘uh-ruuuu’ dos mosh lovers.
E lá vem a pergunta de sempre: ‘O que aconteceu com as bandas de rock brasileiras?’ Ou melhor: ‘O que justifica o abismo em que caiu o rock nacional?’
Se você quiser uma resposta decente, embasada por argumentos históricos, técnicos e sócio-culturais, sugiro a leitura de livros temáticos, autores especialistas e biografias de lendas como Tim Maia, que trazem nas entrelinhas pontos, reticências e até exclamações para suas interrogações musicais.
Como prefiro o caiaque ao submarino, dou minha versão de bate-pronto. O rock nacional morreu porque, cada vez mais, as pessoas estão com pressa. Não há mais tempo para introduções, virtuoses tecladistas e reviravoltas sonoras dentro das músicas. Não há mais tempo para o diálogo entre a banda e seu público, homenagens e agradecimentos feitos na forma de solos de guitarra e viradas descompassadas de bateria. Não se conta mais uma história com começo, meio e fim.
Esquece o xaveco, o flerte, a conquista. O negócio é ir direto ao beijo na boca, ao som do refrão que garante a eternidade do momento com poucas razões, muitas emoções e sua saída no fim do túnel bloqueada pelo cartel formado por rádios, gravadoras e outros intermediários dos steaks oferecidos pela George Foreman’s grill.
João de Santo Cristo morreu. A ideologia morreu. A Rádio Rock morreu - pouco depois do destino levar Dinho, Bento, Júlio, Sérgio e Samuel. Resta agora recorrer aos ídolos de papai e mamãe para lembrar que no Brasil já se viu rock de corpo e alma, bilhetinhos amorosos e veneno liberado - e recomendado - para todas as idades.
E lá vem a pergunta de sempre: ‘O que aconteceu com as bandas de rock brasileiras?’ Ou melhor: ‘O que justifica o abismo em que caiu o rock nacional?’
Se você quiser uma resposta decente, embasada por argumentos históricos, técnicos e sócio-culturais, sugiro a leitura de livros temáticos, autores especialistas e biografias de lendas como Tim Maia, que trazem nas entrelinhas pontos, reticências e até exclamações para suas interrogações musicais.
Como prefiro o caiaque ao submarino, dou minha versão de bate-pronto. O rock nacional morreu porque, cada vez mais, as pessoas estão com pressa. Não há mais tempo para introduções, virtuoses tecladistas e reviravoltas sonoras dentro das músicas. Não há mais tempo para o diálogo entre a banda e seu público, homenagens e agradecimentos feitos na forma de solos de guitarra e viradas descompassadas de bateria. Não se conta mais uma história com começo, meio e fim.
Esquece o xaveco, o flerte, a conquista. O negócio é ir direto ao beijo na boca, ao som do refrão que garante a eternidade do momento com poucas razões, muitas emoções e sua saída no fim do túnel bloqueada pelo cartel formado por rádios, gravadoras e outros intermediários dos steaks oferecidos pela George Foreman’s grill.
João de Santo Cristo morreu. A ideologia morreu. A Rádio Rock morreu - pouco depois do destino levar Dinho, Bento, Júlio, Sérgio e Samuel. Resta agora recorrer aos ídolos de papai e mamãe para lembrar que no Brasil já se viu rock de corpo e alma, bilhetinhos amorosos e veneno liberado - e recomendado - para todas as idades.
7 comentários:
Meus parabéns pelo texto. Assisti ontem ao Faustão somente para ver a apresentação dessas 2 mega bandas. Uma pena que vai demorar muito tempo para que bandas tão boas pisem novamente no programa.
Rodrigo Cunha
João de Santo Cristo lives forever, meu caro Benja.
Concordo plenamente!
concordo em genero, numero e grau... ;)
|medo do q possa surgir se auto titulando rock!|
Bom, nos 90s ainda tivemos Raimundos, Los Hermanos...
Excelente texto, há mto sentimento guardado, isso é o que importa.
Sempre nessa vida bandida haverão coisas que precisaremos de uma mídia gravada para atualizar nosso passado.
Adorei!!!!Simplesmente disse tudo ....adoro ler vocês!
beijos
Juliana Vaquero
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