Cultura de Bar: Popótas, Coalas e Cangurus
SOU TOTALMENTE a favor de todas as discussões produtivas, sejam elas sobre política, futebol, Big Brother ou aquele juiz ladrão que passou a mão no último jogo. Confesso que prefiro os debates ao vivo, que favorecem o calor do movimento, do olhar convicto e do desarme ideológico. Ao vivo e a cores podemos gritar, ironizar, sapatear e pedir 6 no truco sem a menor piedade da mesinha vermelha da Brahma e do casal ao lado que discute pela milésima vez a relação capenga.
Por falar em mesinha vermelha da Brahma (o merchan fica por conta da casa), não há nada como as deliciosas discussões de bar. Despidas da máscara quase-sempre-necessária no dia-a-dia corporativo, elas suscitam debates interessantíssimos, e são as grandes responsáveis pela semente de algumas das maiores letras de música, poemas e atitudes da história pós-cavernas.
E pra abrir a tampinha do Cultura de Bar, convido o hipopótamo, o coala e o kan-ghu-ru para sambarem com a gente no Happy Hour que vale por um xaveco!
E pra abrir a tampinha do Cultura de Bar, convido o hipopótamo, o coala e o kan-ghu-ru para sambarem com a gente no Happy Hour que vale por um xaveco!
Sua aparência pacata e bonachona disfarça bem a verdadeira intenção do bicho quando ele abre aquela bocarra ao notar a aproximação de alguma pessoa: mostrar suas poderosas e destrutivas presas.
De acordo com o biólogo Guilherme Domenichelli, do zoo de São Paulo (em entrevista para o portal Terra), as principais vítimas dos popótas, que além de gorduchos são extremamente territorialistas, são as populações ribeirinhas do continente africano, que navegam inocentemente pelos rios em pequenas canoas que são consideradas uma ameaça pelos 'cavalos das águas'.
ESSA VAI DERRUBAR muito macaco do galho: os coalas (aqueles bichinhos australianos fofos e peludinhos), ao contrário do que 99,9% da população pensa, não são ursos. Não são sequer parentes deles. Esses simpáticos marsupiais são na verdade primos distantes dos cangurus e, assim como os outros membros da família, carregam os filhotes dentro da bolsa até uma certa idade.
A palavra ‘koala’ vem de uma língua aborígene australiana e significa ‘animal que não bebe’. Seriam eles descendentes dos camelos? Máomeno: o apelido foi dado porque eles quase nunca bebem água, já que ingerem a maior parte do líquido que necessitam das folhas de eucalipto, sua principal fonte de alimentação.
Se fossem humanos, esses ursinhos-preguiça se amarrariam numa balada: nos raros momentos em que não estão como na imagem acima, os coalas têm hábitos noturnos. Nas outras 18 horas do dia eles ficam pendurados nas árvores, puxando um ronco.
QUANDO OS CONQUISTADORES ingleses chegaram à Austrália, há muitas e muitas décadas, se assustaram ao ver uns animais esquisitíssimos que davam saltos incríveis. Imediatamente, chamaram um nativo (ao contrário dos latinos, os aborígenes australianos eram super dóceis) e perguntaram qual era o nome do bicho.
O índio sempre repetia, fazendo bico: 'Kan Ghu Ru', ao que os estrangeiros prontamente adaptaram para o inglês, 'kangaroo' (canguru). Muitas luas depois, os lingüistas entendidos descobriram o real significado do termo, que era muito claro. 'Kan Ghu Ru', na língua dos aborígenes, quer dizer: 'Uga! Mim não entende bulhufas do que homem branquelo fala pra índio'.
*Imagens da LatinStock
2 comentários:
Não ligo pra esses estudos que constataram que o hipopotamo é o maior assassino de todos os tempos... Ele é mtooo fofo!!! Se minha mãe deixasse (e o Ibama tbm) eu teria um hipopotaminho filhote....
Ah, ia sim....
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