3 de dez. de 2007

O Gigante alvi-negro beija a lona

Zelão chora após empate no Olímpico/Thiago Bernardes - Uol


PRONTO, ACABOU. Acabou o sofrimento dos jogadores, acabou o perrengue da Fiel torcida, acabou a esperança daqueles que acreditaram em seu time até o último suspiro, até a última subida do goleiro Felipe à área adversária, até o derradeiro chute do zagueiro Zelão, que morreu nas mãos do goleiro gremista. O Corinthians foi a nocaute, caiu para a Segunda Divisão e, após 97 anos de vida, beijou a lona.

Apesar de ter virado moda ‘times grandes’ caírem todos os anos (Fluminense, Palmeiras, Grêmio, Atlético MG), nenhum caso chegou perto do martírio que passaram os 30 milhões de torcedores corintianos, que a cada rodada viam seu inofensivo time cada vez mais próximo da beira do abismo. Pelo que (não) fez nos sete meses do campeonato, a queda era mesmo questão de tempo. O semblante incrédulo e descrente de seu técnico, dos jogadores e de muitos torcedores nas últimas semanas já acusava o destino do Sport Club Corinthians Paulista, que há apenas três anos de completar seu centenário escreve a página mais triste de sua história.

E, para os que acreditavam no tapetão para manter a segunda maior paixão coletiva do país (termo by Juca Kfouri) na divisão de elite, surpresa: o Grêmio não entregou o jogo, o Inter não aceitou a mala preta para afundar o Goiás e os goianos bateram três pênaltis seguidos para decretar a vitória que selou o destino do time alvi-negro.

Pioneiro

Nelsinho Baptista, o terceiro técnico corintiano utilizado na competição, atingiu neste domingo uma marca interessante: foi o primeiro a dirigir o Corinthians numa conquista de Campeonato Brasileiro (1990) e, 17 anos depois, o primeiro a comandar o time que caiu. Apesar de ter demonstrado frieza, serenidade e jogo de cintura nas horas mais difíceis, sua saída do clube é dada como certa.

Jogador-torcedor

É incrível a identificação que alguns jogadores que passam pelo Corinthians têm com o clube e sua torcida. Na Democracia Corintiana dos anos 80, Sócrates, Vladimir, Biro-Biro e Casagrande representavam uma espécie diferente de atleta, poucas vezes dantes vista: o jogador-torcedor. Uma década depois vieram Ronaldo, Neto, Dinei, Vampeta e Marcelinho, que se tornaram ídolos tanto pelas declarações de amor ao Corinthians quanto pelo futebol demonstrado em campo. Nesse começo de século, o zagueiro Betão é sem dúvidas o maior representante da espécie, que tem características peculiares: seu vínculo com o clube não se restringe às quatro linhas do gramado; fazem questão de defendê-lo em todas as entrevistas, de convocar a torcida para os jogos, de dar a cara pra bater nas derrotas e de lembrar que ‘aqui é Curíntia’, independente do que acontecer.

Luz no fim do túnel

Nenhum corintiano quer ouvir agora que 'há males que vêm pra bem', que os laranjas podres da diretoria já viraram adubo, e que a Segundona vai ser o trampolim que faltava para o time voltar revigorado rumo às glórias. Mas, que o remédio fez bem para palmeirenses, gremistas e atleticanos, isso fez!

A fórmula para incorporar a fênix alvi-negra não é das mais complicadas. Basta manter o goleiraço que tem, os garotos que estão chegando, os competentes Betão e Finazzi e contratar jogadores que não estejam apenas envolvidos com o clube, mas comprometidos em trazer o time de volta à Primeira Divisão. A diferença entre estar envolvido e comprometido? No bacon com ovos, a galinha está envolvida. Já o porco...


3 comentários:

Anônimo disse...

Ô dor doída...!!!!

Anônimo disse...

HAHAHAHAHAHA....Bem feito para os corintianos!!! Agora vem falar que meu time é de bambi, vem!!!

Anônimo disse...

O porco tá comprometido mesmo...
Choooora Porcadaaaaaaaaaa!!!!

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