Failed.

COMO NOTICIARAM OS JORNAIS e sites do mundo inteiro nos últimos dias, caíram por terra as esperanças de preservação climática com o aborto ambiental ocorrido no COP-15. Seguindo a tendência umbigal que assola a humanidade, 120 chefes de estado optaram por "preservar" o próprio quintal e dizer não ao acordo global que previa o controle da temperatura do planeta e o corte drástico nas emissões de CO2.

De quem mais se esperava - o chamado G2 do mal, responsável por 40% da emissão de gases na atmosfera e formado pelo  'yes we can' Barack Obama e a dupla sertaneja made in China Jitao e Jiabao - não saiu nada. Ainda assim, EUA, China, Índia, Brasil e África do Sul acertaram um trato que prevê, entre outras ações, um fundo monetário global para bancar a adaptação de países mais pobres às alterações climáticas.

Inconformadas com o resultado catastrófico do encontro, as ONGs ambientais Greenpeace e tcktcktck lançaram uma campanha no aeroporto da capital do chocolate, demonstrando todo seu desapontamento com o veredicto final. Os cartazes, com fotos montadas dos principais líderes mundiais em 2020, estampam a frase:

"I’m sorry. We could have stopped catastrophic climate change… We didn’t.”

                             

                              

                              

                             

                              

Fica, de Copenhage, o sabor amargo da decepção e da nossa completa inoperância em tomar decisões que beneficiem o coletivo. Enquanto nossos "líderes" repensam sua decisão bairrista para a próxima conferência (que rola ano que vem, em território mexicano), as calotas polares continuam derretendo, as florestas ardendo em fogo, os pinguins aparecendo nas praias e as doenças respiratórias superlotando ambulatórios.

No, we couldn't.