9 de fev. de 2009

O bong de cada um

DAÍ QUE NO COMEÇO da semana passada divulgaram essa até então impensável imagem de Michael Phelps com a boca na botija - ou melhor, no bong (espécie de tubo de ensaio turbinado que potencializa o pega no cigarrinho do capeta).

Tirada em novembro de 2008 numa animada festinha de república, a foto teve tudo para ir para o limbo junto com tantos outros 'podres' de tantos outros figurões do bom-mocismo do show business. Acontece que, mesmo com o e$forço dos assessores do nadador para sumirem com a prova do crime, os amigos da onça optaram por foder fritar o homem-peixe em óleo público.

Não deu outra: em poucas horas, o mundo inteiro reverberou a cena, e boa parte dos críticos que o endeusaram pelos 9 ouros nas últimas Olimpíadas pegaram o estilingue e emendaram, do alto de sua empáfia, todo aquele ode à hipocrisia que permeia situações como esta.

A federação americana de natação fez a sua parte e, com uma mensagem de desapontamento pelo mau exemplo dado para as crianças, proibiu Phelps de chegar perto das piscinas por 3 meses. A Kellogg's, por sua vez, tratou de tirar imediatamente o nadador do time do Tony, alegando que 'o comportamento do atleta não condiz com sua imagem'.

Acompanhando os F5 das notícias phelpianas, fui lembrando de casos semelhantes - como o dos banza boys Giba e Marcelo Antony e das cenas de piranhagem paixão esplícita protagonizadas pela colegial Vanessa Hudgens e a pós-graduada Paris Hilton.

Em todas elas, a 'opinião pública' entrou em polvorosa por uma simples exposição de intimidades, colocando-se acima do Papa para condenar aqueles que vão contra os bons costumes da sociedade. Como se nunca tivessem, em algum momento da vida, apertado o dedinho do gorila, espiado na fechadura do banheiro ou comido aquela caquinha apetitosa que, pô, não tinha onde grudar.

Não sou da turma do Planet Hemp, e meu voyeurismo se restringe aos paredões do Big Brother. Mas confesso que, ao me deparar com Phelps de bonezinho ali, na boa, fiquei até aliviado. Afinal de contas, um grande campeão não se faz apenas de 10 horas de treinos diários, alimentação ultra-balanceada e um calçãozinho de pele de tubarão.

Às vezes precisamos de um 'bong' para tirar a pressão do dia-a-dia, desgrudar os pés da realidade e lembrar que pouco importa o número de ouros que trazemos no peito - se a vitória passar muito longe do amor e da loucura, simplesmente não tem graça.





8 comentários:

Anônimo disse...

pra mim ele tava assoprando... presta atenção.

Nathália Rodrigues disse...

D2 mas mantenha o respeito!!

Anônimo disse...

Seria Carlton um adepto da little Mari?

Mistério.....

Thiago Padula disse...

Um dos grandes problemas do mundo é essa polícia ideológica. Bando de coxinha armado de bíblia e máscara de pau pra atuar onde a jurisdição da polícia normal não chega: a vida particular de cada um.

Esse mundo tá cada vez mais perdido.

Anônimo disse...

Carl, por acaso deixei meu bong na sua casa???

Se sim, me mande um SMS, pls.

Yours,

BJ

Renato Sansão disse...

ONG
0-ONG
CADA 1 COM O SEU BONG!!!!

Anônimo disse...

Parcialmente apoiado!

Venicius Follmann de Oliveira disse...

Apoiado em genero, numero grau!
Belo comentário contra a hipocrisia. Bravo! Bravo!

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