Los Gringos
DESDE QUE LENDAS como Rodolfo Rodrigues, Figueroa e Pedro Rocha abriram caminho para os jogadores gringos no Brasil, os boleiros da América Latina perceberam que é um bom negócio atuar na terra do futebol. Seja pela qualidade e equilíbrio dos times, pela competência dos treinadores ou pela ótima estrutura dos clubes grandes (infinitamente superior à de seus países), a verdade é que Los Gringos estão cada vez mais à vontade em nossos gramados, passando de coadjuvantes a astros de seus times.
Na última década, nomes como Arce, Gamarra, Lugano, Sorín, Maldonado, Sierra, Rincón, Tevez, Aristizábal e Rentería foram gritados a plenos pulmões pelas respectivas torcidas, que - ao contrário do que rola na Europa - parecem nutrir um carinho especial pelos jogadores estrangeiros que vestem a camisa de seus clubes. O sotaque abrasileirado, o carisma e a dedicação em campo são fatores onipresentes na trajetória desses atletas, que, ainda que atuando por aqui por poucos anos (ou meses), cravaram seu nome na história dos clubes e na memória dos torcedores.
Hoje - plagiando Fausto Silva - 'mais do que nunca', quem dá as cartas no futebol nacional são cinco gringos que jogam como autênticos brazucas. Rápidos, habilidosos e letais, são os principais responsáveis pela ótima fase que vivem seus clubes, honrando a tradição dos menudos da bola. Afinal de contas, como já dizia o Fundo de Quintal, o show tem que continuar.
Que comece la fiesta!
Nome: Jorge Luis Valdivia Toro
Apelido: ‘El Mago’
Idade: 24 anos
Berço: Maracaibo, Venezuela (naturalizado chileno)
Posição: meia-atacante
Clubes: Palmeiras (atual), Colo Colo, Universidad de Concepción (Chile), Rayo Vallencano (Espanha), Servette (Suíça), Seleção Chilena
Títulos: campeão chileno (2006)
Por que ele é o cara: extremamente arisco, habilidoso e catimbeiro, Valdívia é de uma regularidade impressionante. Busca o jogo a todo momento, dribla, lança, tabela e tem até marcado gols, coisa que não acontecia quando Caio Junior comandava o time do Parque Antártica. Solidário, joga para o time e é bastante combativo na marcação. Talentoso, tem um domínio de bola invejável e aquela matada impecável, digna de lendas como Zidane e o próprio Ademir da Guia.
Apelido: ‘El Mago’ (assim como Valdívia)
Idade: 24 anos
Berço: General Pacheco, Argentina
Posição: meia-atacante
Clubes: Fluminense (atual), Atlético Tigre, River Plate, Universidad Católica, Rosário Central, Vasco da Gama
Títulos: campeão chileno (2005)
Por que ele é o cara: o apelido não é em vão - o futebol de Conca lembra muito o do palmeirense Valdívia. Não chega a ser tão mágico como o cabeludo, mas é superior nas bolas paradas, de onde descola belos cruzamentos e costuma acertar a casinha da coruja. A seleção argentina é questão de tempo.
Apelido: ‘El Tubarón’
Idade: 27 anos
Berço: Medellín, Colômbia
Posição: meia-atacante
Clubes: Santos (atual), Envigado, Independiente Santa Fé, Independiente de Medellín (Colômbia), Morella (México), Al-Ain (Arábia Saudita), San Lorenzo (Argentina), Olímpia (Paraguai), Estrela Vermelha (Sérvia), Seleção Colombiana
Títulos: Copa América (2001), Campeonato Colombiano (2002)
Por que ele é o cara: aos 27 anos, Molina já mostrou o que tinha que mostrar - agora é hora de jogar bonito. Com vasto repertório de jogadas, o colombiano organiza com talento a meia-cancha santista. Tem a visão de jogo dos águias da bola, um chute extremamente potente e a combinação de classe/habilidade necessária para vestir a camisa eternizada pelo rei.
Apelido: ‘El Pittbull’
Idade: 23 anos
Berço: Cali, Colômbia
Posição: centroavante
Clubes: Grêmio (atual), Atlético Uila, Quindío, Deportivo Pasto, Atlético Nacional (todos colombianos), Bordeaux e Seleção Colombiana
Títulos: campeão chileno (2005)
Nome: Marcelo Moreno Martins
Apelido: ‘El Diablo’
Idade: 20 anos
Berço: Santa Cruz de la Sierra, Bolívia
Posição: atacante
Clubes: Cruzeiro (atual), Oriente Petrolero, Vitória e Seleção Boliviana
Títulos: -
Por que ele é o cara: mesmo com apenas 20 anos, Moreno joga a inteligência e a sagacidade dos experientes. Incansável, ‘El Diablo’ marca, puxa contra-ataques, cai pelas laterais como um autêntico ponta e se posiciona na área como centroavante, marcando gols importantes e decisivos. Não por acaso é o artilheiro isolado da Libertadores, com 7 gols.
Um comentário:
E o Rivarola, quedê???????
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