24 de fev. de 2010

Analisando o gráfico



PUTA DUMA INJUSTIÇA, né? Senão, vejamos:


LEGAL + GOSTOSA


 
    Grazi: gente boa bagarai!

Na minha teoria compensatória, toda mulher que não é gostosa deveria obrigatoriamente ser legal - tipo uma lei mesmo, decretada já na pré-adolescência. Por isso, quando me deparo com uma mulher legal e gostosa, acabo permitindo até inconscientemente seus livros do Paulo Coelho, seus comentários sobre o BBB e a completa falta de noção de alguns assuntos irrelevantes, como política, literatura e economia.

Espécimes legais e gostosas: Jennifer Aniston, Patrícia Poeta, Sabrina Sato, Grazi Massafera.     


INTELIGENTE + GOSTOSA

Fê Young: que tal uma partidinha de xadrez?

Hmmmm... essa aqui é uma armadilha, cuidado! Por ela ter uma bunda do tamanho de seu Q.I, vai querer bancar a inteligêntsia até quando posa nua. Tende a ser feminista, egocêntrica e o pior: a camuflar o que tem de melhor só pra você reconhecer a beleza de seu córtex cerebral.

Espécimes inteligentes e gostosas: Angelina Jolie, Shakira, Glória Maria, Fernanda Young.


LEGAL + INTELIGENTE

Calabreza: beleza nem sempre põe a mesa, firmeza?!?

Essa é a nora que mamãe pediu a Deus! Boazinha, carinhosa, atenciosa, bom papo... Mas pô, TINHA que ter essa bunda de gaveta?? Por seu astral e velocidade de raciocínio, costumam dar ótimas amigas. Mas pô, TINHA que ter pulado a fila da rabeta??? Falam sobre tudo, têm ótimo senso de humor e costumam até entender de futebol, veja você! Mas pô...  

Espécimes legais e inteligentes: Dani Calabreza, Susan Boyle, Lília Cabral, Dercy Gonçalves.


LEGAL + INTELIGENTE + GOSTOSA
Provavelmente você vai encontrar uma dessas uma vez na vida, e provavelmente ela vai estar namorando um idiota. Torça para o idiota ser você!!!




Gráfico via Chongas





17 de fev. de 2010

Amanhã tudo volta ao normal


ANALISANDO FRIAMENTE, um cara como eu não tem muitos motivos para gostar do Carnaval. Nunca fui muito afeito a multidões suando em bicas e trocas de saliva frenéticas, como se beijar na boca fosse uma espécie de refil para continuar pulando e curtindo o som. Aliás, o que aconteceu com as marchinhas carnavalescas? De onde eu tava só se ouvia uma música pegajosa cujo refrão era algo como:

"bota a mão na cabeça que vai começar
o rebolation-tion o rebolation,
o rebolation-tion, rebolation" (x400) 

Não é um mimo?

Mazó, não estou aqui para descer a lenha no carnaval não. Muito pelo contrário: apesar de repetitivo, cafona e superficial, eu até que gosto dele. Primeiro que, porra, são 5 dias de perna pro ar (o que já seria mais que suficiente). Depois, absolutamente nada no Brasil acontece de relevante antes dele. Se não fossem as (tristes) tragédias das enchentes, os preparativos das escolas de samba, as presepadas do Hugo Chavez e o Big Brother, os jornais e sites teriam que noticiar subcelebridades tomando picolé e andando de pedalinho. Ou seja: são praticamente 50 dias de férias coletivas do Oiapóque ao Chuí, alternando a 1a e a 2a marcha ao sabor do humor do patrão.

Além disso, o carnaval tem um lance peculiar que não acontece em nenhuma outra data. A distribuição de camisinhas grátis  alegria que toma conta das pessoas é contagiante, e o mais legal de tudo: legítima. Crianças fantasiadas jogando espuma nazoreia dos outros, tiazonas de bigodinho suado dançando com os dedinhos pra cima, um colorido de abadás e perucas e confetes e serpentinas, e dááááá-lhe rebolation!

No fim das contas, carnaval é como Sertanejo, Big Brother e Harry Potter: a gente acha besta e não gosta de admitir, mas acaba cantando o refrão, dando uma espiadinha e virando criança outra vez.




7 de fev. de 2010

Vale a pena ler de novo



QUANDO COMPÔS 'CHANGES', o lendário rapper 2pac Shakur fez uma denúncia da perseguição e preconceito contra os negros, que com o passar do tempo pode até ter ganhado uma cosmética, mas segue inerte nos becos e recônditos americanos. 

Em composição diametralmente oposta, o inclassificável Luis Fernando Veríssimo escreveu 'Mudanças', texto que mostra o quanto nossa sociedade mudou nos últimos 20 anos, ganhando em praticidade e perdendo em magia. 

Consciente ou inconscientemente estamos mudando, afinal o mundo por nós criado exige mudanças contínuas: normalmente rápidas, por vezes drásticas. Mas será que elas estão nos conduzindo a uma vida melhor?



Mudanças*
(L.F. Veríssmo)


E tudo mudou...

O rouge virou blush
O pó-de-arroz virou pó-compacto
O brilho virou gloss
O rímel virou máscara incolor
A Lycra virou stretch
Anabela virou plataforma
O corpete virou porta-seios
Que virou sutiã
Que virou lib, que virou silicone...


A peruca virou aplique, interlace, megahair, alongamento
A escova virou chapinha
'Problemas de moça' viraram TPM
Confete virou MM
A crise de nervos virou estresse
A chita virou viscose
A purpurina virou gliter
A brilhantina virou musse
Os halteres viraram bomba
A ergométrica virou spinning
A tanga virou fio dental
E o fio dental virou anti-séptico bucal...


Ninguém mais vê...
Ping-Pong virou Babaloo
O a-la-carte virou self-service
A tristeza, depressão
O espaguete virou miojo pronto
A paquera virou pegação
A gafieira virou dança de salão
O que era praça virou shopping...

A areia virou ringue
A caneta virou teclado
O long play virou CD
A fita de vídeo é DVD
O CD já é MP3
É um filho onde éramos seis
O álbum de fotos agora é mostrado por email...


O namoro agora é virtual
A cantada virou torpedo
E do 'não' não se tem medo
O break virou street
O samba, pagode
O carnaval de rua virou Sapucaí
O folclore brasileiro, halloween
O piano agora é teclado, também
O forró de sanfona ficou eletrônico
Fortificante não é mais Biotônico...


Bicicleta virou Bis
Polícia e ladrão virou Counter Strike
Folhetins são novelas de TV
Fauna e flora a desaparecer
Lobato virou Paulo Coelho
Caetano virou um chato
Chico sumiu da FM e TV...


Baby se converteu
RPM desapareceu
Elis ressuscitou em Maria Rita ?
Gal virou fênix
Raul e Renato,
Cássia e Cazuza,
Lennon e Elvis,
Todos anjos
Agora só tocam lira...


A AIDS virou gripe
A bala antes encontrada agora é perdida
A violência esta coisa maldita!
A maconha é calmante
O professor é agora o facilitador
As lições já não importam mais
A guerra superou a paz
E a sociedade ficou incapaz...
.
.. de tudo.
Inclusive de notar essas diferenças.




* Texto enviado pela tia Stella.

 

2 de fev. de 2010

Nono e o pastel mágico


O NONO, JÁ COM UM PÉ na cova e outro na casca de banana, foi hospitalizado às pressas. Filhos, netos e bisnetos vieram de todos os cantos do mundo para acompanhar os últimos momentos do velho carcamano.

Como já estava nas últimas, os médicos deixaram que os parentes o levassem do hospital, para cumprir seu último desejo: o de morrer em casa, ao lado de seus entes queridos.

Acomodado no quarto, as visitas foram se revezando para tentar consolar e dar conforto ao Nono em seu momento derradeiro. De repente, o velho sentiu um aroma maravilhoso que vinha da cozinha. Era Nona, tirando uma fornada de pastiére especialle de grani italiani. Madonna mia!!!

As narinas do Nono inflaram, seus olhos brilharam e num toque de mágica o velho se reanimou. Agora apoiado na almofada, ele se virou desajeitadamente para o bisneto sardento que estava ao lado da cama jogando minigame:

- Piccolo mio, faz un favor pro Nono aqüi, ã? Va à cojina e pede um pedaxo de quello pastiére pra Nona.

O guri foi e voltou num pé só, de mãos abanando.

- Ma quedê o pastiére, cazzo?

- A Nona disse que no!

- Ma per que no, porca miséééériaaa?? Ma que vecchia desgraciata! Que qüesta putana falô, ragazzi?

- A Nona ficô brava e avisô que non é pra comer acora, vô. Quellos pastel san tutti pro velório!!!



*Anedota enviada pelo tio Beto.


1 de fev. de 2010

BJ Amazing Songs!



TÁ, VAI, A FOTINHO TÁ meio blasé. Mas de monótono o som dos caras do Hockey não tem nem um acorde sequer. Com menos de 1000 dias de vida, a banda (indie?) de Portland segue à risca os passos do Strokes. Adicione aí uma pitada de LCD Soundsystem, um leve toque de Blur, um vocalista com síndrome de Bob Dylan e você chega a isso aqui, ó:







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