3 de mai. de 2010

Dunga, acorda da Soneca, mostre que é Mestre e faça a gente Feliz!


A APENAS 9 DIAS DA CONVOCAÇÃO para a Copa do Mundo, 3 jogadores prometem abalar as convicções de Dunga, que ultimamente tá mais pra Soneca. O 1o é Ronaldinho Gaúcho, que após um longo hiato de 2 anos recuperou cerca de 50% de seu futebol, o que já é mais que suficiente para colocá-lo para jogar em qualquer uma das 32 seleções participantes do Mundial.

Os outros dois são as bolas da vez da imprensa paulista: Paulo Henrique Ganso e Neymar. Jovens, habilidosos, criativos, descolados, escolados, atrevidos. Lembram muito Diego e Robinho no começo de carreira, com um importantíssimo diferencial: são ainda melhores que a dupla que encantou o Brasil em 2002/2003.

Ganso reúne tudo que um camisa 10 necessita: é habilidoso, calmo, frio e com visão de jogo privilegiada. Arranca como o Kaká do Milan, dá passes de Alex Palestra, chuta à lá Rivaldo do Barça e tem a postura clássica do antológico Zizou, de tantas camisas e façanhas.

Aos 20 anos, acaba de ser o protagonista do título do Paulistão, dando um passe cinematográfico para o 2o gol de Neymar e prendendo a bola o 2o tempo inteiro, enervando o adversário que tinha 2 jogadores a mais em campo. Ao ver que seria substituído pelo técnico no final, teve atitude rara: fez que não com a mão, apontou o gramado e disse: "meu lugar é aqui, e daqui não saio nem a pau!". Tem como discordar?




Neymar é o que de mais próximo a Edson Arantes do Nascimento vi nessa vida. Rápido, arisco, cirúrgico, fantasista. 18 anos de idade e um futebol que 99,9999% dos craques de 30 nunca conseguirão atingir, porque a resposta está no DNA - do garoto e da grama da abençoada Vila Belmiro. Joga com a gola da camisa levantada - ele pode. Usa moicano tingido e alisado - ele pode. Comemora os gols com dancinhas provocantes - ele pode. Responde às caneladas dos zagueiros com rolinhos, chapéus e gols, muitos gols. Marcou este ano - salvo engano - 23 gols em 23 jogos, fora o baile. Foi às redes em todos os jogos decisivos, e em nenhum momento se escondeu, muito pelo contrário.

Neymar me lembra o Denílson do São Paulo, o Robinho da base do Santos, o saudoso Dener da Portuguesa. Mas lembra MESMO o garoto negro santista, franzino, de cabelo em pé que, aos 17 anos, foi para a Copa no último momento e deu o 1o Campeonato Mundial ao Brasil. Exagero?



Neymar e Ganso, Ganso e Neymar. Em qualquer outro país do mundo, já estariam com a passagem para a África garantida. Só mesmo um celeiro de craques dirigido por um treinador teimoso como o Brasil pode se dar ao luxo de cogitar não levá-los à Copa.

Bom, na minha seleção eles são titulares absolutos. E na sua, Dunga?



2 comentários:

Jo-jo disse...

Não acho que sejam tãããão craques assim, mas merecem sim uma vaguinha entre os 23 da Copa. De início no banco, depois quem sabe...!

BJ disse...

Kaká >>>> Ganso >>>> Gaúcho >>>> Cleiton Xavier >>>> Zidanilo >>>>> Julio Baptista.

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